TESLA, EINSTEIN E AS INTERSECÇÕES NA TEIA DO UNIVERSO

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Em 1880, Hermann Einstein e sua esposa Pauline mudaram da pequena cidade de Ulm para a vibrante Munique. Empreendedor, o vendedor e engenheiro Hermann fundou em sua nova morada a Elektrotechnische Fabrik J. Einstein & Cie, uma empresa que fabricava equipamentos elétricos acionados por corrente contínua.

Mais ou menos nesta época, o promissor inventor Nikola Tesla havia se transferido para Paris, para trabalhar na Continental Edison Company, projetando aperfeiçoamentos em equipamentos elétricos. Graças à sua genialidade, Tesla obteve um posto na sede da Edison Machine Works em Nova Iorque, em 1884. Partindo de um início modesto, Tesla rapidamente se tornou um dos principais cientistas da empresa na área de geradores elétricos de corrente contínua.

Após alguns desentendimentos com o poderoso Thomas Edison, Tesla abriu sua própria empresa – a Tesla Eletric Company – em 1887, com uma ideia ousada: substituir a nascente tecnologia de corrente contínua pela corrente alternada, mais barata e eficiente.

No mesmo ano, Tesla obteve um contrato com um grande investidor e vendeu sua patente da corrente alternada para George Westinghouse, que por sua vez convenceu o governo americano a adotar o modelo de corrente alternada como padrão para a distribuição de energia elétrica, contrariando os interesses Thomas Edison. O imbróglio passou para os anais da história como a “Guerra das correntes”.

Dentre as várias consequências da vitória da corrente alternada de Tesla, uma teria desdobramentos inusitados: em 1894, a empresa de Hermann faliu. Ele havia apostado todas suas fichas na corrente contínua, e a decisão do governo dos EUA terminou disseminando pelo mundo, eliminando seu mercado.

Sem ter para quem vender os equipamentos da Elektrotechnische Fabrik, a família Einstein mudou-se no mesmo ano para a Itália em busca de negócios – primeiro para Milão e, alguns meses mais tarde, para Pavia.

Albert, o primogênito de Hermann, permaneceu na Alemanha para concluir os estudos, mas, sentindo sua criatividade sufocada pelo aprendizado mecânico, abandonou a escola e foi encontrar-se com sua família na Itália.

No final de dezembro de 1894, o jovem Albert, então com apenas 15 anos de idade, apaixonado por matemática e eletromagnetismo, e finalmente livre da austeridade castradora do Ginásio Luitpold, deixou sua imaginação correr solta e escreveu um pequeno ensaio com o título “Sobre a Investigação do Estado do Éter num Campo Magnético“, que enviou todo orgulhoso em uma carta caprichosa para seu tio Cesar Koch.

Este ensaio, exatamente ESTE ensaio, pode ser considerado a semente de toda a incrível revolução no entendimento do Cosmo que teria início a partir do cérebro de Einstein.

Sem a folga proporcionada por seu período na Itália durante a adolescência, é possível que a vivacidade de Albert jamais tivesse usufruído da liberdade necessária para seus imensos voos. E sem a vitória da corrente alternada de Tesla, Hermann e Pauline talvez jamais tivessem emigrado para a Itália.

Em termos cabalísticos, podemos dizer que o gênio de Tesla causou o gênio de Einstein.

A Teia do Universo definitivamente é cheia de intersecções quase inacreditáveis.

 

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Imagem deste post: Primeira página de “Sobre a Investigação do Estado do Éter num Campo Magnético” – Albert Einstein, 1894. Fonte: http://www.straco.ch/papers/Einstein%20First%20Paper.pdf

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