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A falta de interações com outras pessoas é um fator importante relacionado a vários riscos para a saúde.
Em crianças, piora a qualidade do sono e sua capacidade de executar tarefas, além de aumentar o risco para depressão – tanto durante a própria infância quanto mais tarde na adolescência.
Um efeito idêntico ocorre em adultos e idosos, somando-se a isto o aumento do risco para desenvolvimento e morte por doenças cardiovasculares, como derrame e infarto agudo do miocárdio. Estudos mostram que o risco para morte por estas doenças é DUAS VEZES maior para pessoas que se sentem isoladas socialmente que para pessoas que não se sentem.
Desde 1984, pesquisas vem mostrando que o isolamento social compromete o bom funcionamento do sistema imunológico. Isso foi bem comprovado, por exemplo, ao se demonstrar que estudantes que passaram por períodos prolongados de isolamento social apresentavam níveis bem maiores de Epstein Barr Vírus que estudantes que haviam interagido normalmente.
Mas talvez um dos pontos mais graves do isolamento social seja o aumento do risco para suicídio: adultos que se sentem socialmente isolados por longos períodos de tempo apresentam um risco 21% maior de pensamentos suicidas, e 8,4% destes terminam tentando o suicídio.
Por tudo isso, estratégias “terapêuticas” envolvendo qualquer forma isolamento social deveriam ser consideradas como medidas extremas, e quando utilizadas, deveriam ser aplicadas pelo MENOR PERÍODO DE TEMPO POSSÍVEL.
O que estamos fazendo?
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Referência: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5367921/