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A maioria de nós já brincou de encontrar uma figura escondida dentro de outra figura.
Quando eu era criança (na época em que os dinossauros caminhavam sobre a terra…), esse era um passatempo bem comum naquelas revistas de palavras cruzada vendidas nas bancas de revista.
Hoje em dia, de vez em quando você esbarra em algo assim na internet: algum site ou post apresenta o quadro de um bosque, por exemplo, e perguntam quantos cavalos ou quantos rostos escondidos têm ali. Algumas vezes, a figura “oculta” não está nada oculta: tudo que você precisava fazer era virar a página de cabeça para baixo e pronto – a figura se tornava aparente!
Há décadas, muitas pessoas sentem que há algo errado, drasticamente errado, com a realidade à nossa volta. É como se a realidade de nossa civilização escondesse uma outra figura por trás daquela que vemos todos os dias quando saímos de casa. Esse tipo de sensação foi bem explorado por filmes como Matrix, O Preço do Amanhã, A Ilha, Ela, A Origem e muitos outros.
Nós elegemos líderes políticos que vivem nos prometendo coisas que nunca acontecem.
Dizem para nós que vivemos em uma democracia, mas nossos representantes não nos representam.
Vemos a justiça sendo injusta.
Vemos a honestidade ser punida e vemos o crime valendo à pena.
Vemos bandidos sendo soltos nas ruas e pessoas boas sendo presas em suas casas.
Vemos recordes de safras agrícolas e pessoas passando fome.
E não interessa para qual país você olhe: essas coisas continuam acontecendo em toda parte. As queixas são mais ou menos sempre as mesmas, seja no Brasil ou nos EUA ou na Polônia.
Podemos pensar que tudo isso acontece de maneira acidental, que essas observações não passam de “coincidências produzidas pelas contingências do acaso”. Mas Franklin Delano Roosevelt uma vez escreveu que “na política, nada acontece por acidente: se algo aconteceu, você pode apostar que aquilo foi planejado para acontecer daquela maneira”.
A maioria das pessoas segue as “versões acadêmicas” sobre os eventos do passado como fosse uma moda: algo é apresentado como sendo “a tendência do momento”, e elas compram essa ideia sem pensar muito. Porém, os intelectuais acadêmicos que ditam a “moda” têm uma miríade de interesses investidos em suas opiniões: eles querem status, querem ser valorizados por seus pares, querem uma carreira, querem promoções, querem se aposentar bem.
Para que isso ocorra conforme planejado, os intelectuais acadêmicos devem “seguir a moda” – ainda que esta moda implique em não investigar as evidências conflitantes que se apresentam, e tratar com hostilidade e zombarias qualquer opinião que possa perturbar suas zonas de conforto previdenciário.
É por isso que o Brasil continua sendo “descoberto pelos Portugueses” nos livros de história, e é também por isso que o Comunismo continua sendo tratado como se fosse alguma coisa diferente do Fascismo ou do Nazismo – quando todos esses regimes são absolutamente a mesma entidade, sem tirar nem pôr
Acorde, Neo.