Se você digitar o termo “Happiness” no site da Amazon, encontrará mais de 100.000 obras disponíveis. Se preferir digitar “Felicidade” na página brasileira da mesma loja, terá mais de 20.000 opções. Em outros sites de editoras e livrarias os resultados de busca para “Felicidade” alcançam facilmente a casa dos quatro dígitos, mas nada se compara ao Google: o robozinho de Larry Page e Sergey Brin informa que “Felicidade” está ao alcance de mais de 57 milhões de ocorrências. Entretanto, como a psicologia Jungiana faz questão de alertar, “onde há luz, existe sempre uma sombra”, e talvez por isso a busca por “Tristeza” no Google retorne com mais de 63 milhões de resultados, dando uma goleada na “Felicidade”.
Aristóteles afirmava que a Felicidade é o bem supremo, aquilo que deveria guiar os homens para o florescimento de seu Caráter. Porém, quando partimos obstinados para procurar pela Felicidade como um destino, iniciamos uma viagem rumo ao desapontamento, pois a Felicidade não é uma pensão, um resort ou um balneário; é meramente um mirante que visitamos uma vez ou outra, sempre de passagem. Como o próprio Aristóteles escreveu, complementando seu raciocínio, “não existe coisa alguma que seja permanentemente agradável, pois nossa natureza não é tão simples”.
Todavia, insistimos nisso, insistimos em buscar a Felicidade como um estado permanente, e a causa desta jornada decorre de dois impulsos evolucionários primitivos: a vontade de evitar a dor (que associamos ao perigo e ao risco de morte) e o desejo por prazer (um sentimento que, entre outras coisas, garante a transmissão de nossos genes para a geração seguinte).
O problema é que a dor, o estresse, a exaustão e o desconforto são críticos para o desenvolvimento pessoal, e é impossível atingir qualquer grau de excelência sem, antes, tornar-se capaz de retardar o prazer. É assim que os músculos crescem, os ossos se fortalecem e a temperança se forma. Como Hemingway escreveu, parafraseando Nietzsche: “o mundo quebra toda a gente e depois muitos ficam mais fortes no lugar da fratura”. É preciso alguma infelicidade para enxergar a Felicidade.
Sempre que estamos vivendo na velocidade máxima, somos inundados por uma sensação de engajamento, desafio, foco, curiosidade e Paixão. A Felicidade é algo que percebemos mais retrospectivamente ou como um pagamento futuro pelos nossos esforços. Ninguém é fã do desespero ou da depressão – com exceção de alguns pacientes psiquiátricos. Quando somos assolados por coisas assim, em geral passamos por tempos duros e somos duros com os outros ao nosso redor.
Parte do segredo para experimentar a Felicidade consiste em abraçar a dicotomia, celebrando a boa sorte e o fluxo da vida como um todo, inclusive os desapontamentos que ela traz. E este é o tipo de sabedoria que você deve desenvolver para ser um Homem.
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Quer saber mais sobre o assunto? leia “AMOR, AMIZADE, SEXO & FELICIDADE”.
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