O Skydiving, assim como qualquer esporte de risco, requer muito treinamento, seriedade e ensinamento sério. Há técnicas, planos e procedimentos desenvolvidos por especialistas que, se seguidos à risca, irão auxiliar em caso de adversidade. O mesmo acontece no mundo dos negócios. Se o empresário ou gestor mantém em sua equipe profissionais dedicados, vai conseguir vencer qualquer desafio.
A primeira pane em meu paraquedas me fez pensar friamente e agir rapidamente para que não ocorresse um acidente. Esse tipo de esporte ensina a agir em situações urgentes, muito mais críticas que qualquer situação de mercado.
Empreendedores e executivos podem aprender muito com a adoção de um esporte radical. O panorama do cotidiano muda completamente Para aprender a lidar com esse meio de verdade, é necessário estar preparado para errar e perseverar. Empreendedorismo é, antes de tudo, sentir dor! Mas é importante receber fundamentos e insights de gente qualificada que realmente vive o ecossistema mercadológico.
Algumas dicas que aprendi no esporte, e que os gestores devem aplicar no dia a dia das empresas:
- Escolha bem os seus mestres– Busquei formação em paraquedista com professores experientes e que sabem muito bem o que estão fazendo. O mesmo se aplica ao empreendedor. Leia conteúdo de qualidade diariamente e vorazmente (seja um animal disciplinado nesse campo).
- Expectativa x Realidade – Esqueça 90% do que você lê pela web sobre empreendedorismo. Esqueça 99% do que você ouve em palestras de empreendedores de palco. Boa parte deles nem ao menos chegou a ser síndico de prédio.
- Seja racional– A pane me fez pensar friamente e agir rapidamente para que não ocorresse um acidente sério. Consegui contornar a situação e tive apenas pequenas lesões. Nada que me fizesse parar. Situações urgentes, apesar de muito menos críticas, são enfrentados por empresários e empreendedores – principalmente no Brasil. Há a necessidade de concentração e agir friamente considerando as possibilidades. Principalmente em empresas menores ou iniciantes, o dono/fundador tende a levar para o pessoal os feedbacks e obstáculos que o negócio enfrenta, porque o projeto se confunde com a história de vida dele. Não faça isso. O mercado não perdoa e os mais racionais tendem a ser também os mais perenes.
- Prepare-se para a crise– Há dois tipos de paraquedistas: aqueles que já passaram por uma pane e aqueles que passarão. Faz parte do esporte e do crescimento e você acaba se tornando um atleta muito melhor. O mesmo se aplica as empresas, principalmente em um mundo que o acesso a informação é abundante e quem controla o relacionamento é o consumidor. Se prepare! Crie procedimentos de emergência, saiba suas fraquezas, conheça seu equipamento e colaboradores assim como aprenda com a crise e evolua.
- A importância do depois– Após todo salto com problemas, tudo é analisado e discutido para que os atletas estejam sempre preparados para situações inesperadas e naturalmente continuem no esporte — como clientes continuarão depositando seus dividendos nas escolas e no esporte. Em outras palavras: muita gente acredita que o marketing termina na venda, sendo muito pelo contrário. Sua empresa precisa, principalmente com a ajuda das redes sociais, dar continuidade ao relacionamento com o cliente, receber feedback ou obter testemunhos. Criar, por exemplo, uma comunidade de pós-venda pode ajudar muito.
- O barato sai caro –Só me salvei porque, acima de tudo, o equipamento e treinamento eram de primeira linha. Com a vida não se brinca. A analogia cai perfeitamente no universo do empreendedorismo: ao contratar, por exemplo, uma consultoria, busque quem é profissional e veja o que é o investimento justo. Não busque o barato que não entrega. Já viu o preço de um amador no final das contas? Já viu o preço de quem acha que é profissional?