A FALTA DE LÓGICA DAS POLÍTICAS PROGRESSISTAS

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Os Progressistas dizem defender o bem-estar social e uma educação de qualidade para todas as crianças, mas apoiam leis mais flexíveis para o aborto.
 
Eles dizem defender oportunidades iguais para todos, mas promovem favoritismos raciais, étnicos e sexuais.
 
Eles dizem defender o direito ao trabalho, mas apoiam restrições ambientais que limitam o desenvolvimento, regulamentações que punem o empreendedorismo, e impostos que inviabilizam investimentos lucrativos – todas estas medidas que obviamente diminuem vagas de emprego.
 
Finalmente, eles dizem defender programas de apoio à independência financeira dos desfavorecidos, mas estes auxílios interditam a auto-responsabilidade e amputam o autopertencimento, retraindo a capacidade de iniciativa e paralisando os apadrinhados em uma vil dependência do governo.
 
Os Progressistas estão certos em lançar luz sobre o problema da pobreza, mas erram todas as vezes em que tentam resolvê-lo. Uma parcela considerável da pobreza no Brasil não pode ser explicada pela ineficiência do governo, ou por empresas predatórias ou por discriminação de qualquer espécie, mas pela Cultura da Miséria, onde a educação não é vista pelo seu valor intrínseco; o mérito é desdenhado; e o lucro, demonizado.
 
Por exemplo: segundo o Ministério de Desenvolvimento Social, as plataformas que se unificaram em janeiro de 2004 para formar o Programa Bolsa Família (PBF) beneficiaram 3,6 milhões de famílias no ano de 2003. Em 2016, o PBF abarcava 15 milhões de famílias.
 
No mesmo período, de acordo com o IBGE, a população brasileira aumentou de 183 milhões para 206 milhões.
 
Segundo o Banco Mundial, o PIB brasileiro era de 1,26 trilhões de reais em 2003, atingindo 1,75 trilhões em 2016.
 
Agora junte estes três dados: entre 2003 e 2016, enquanto a população aumentou 12% e o PIB aumentou 38%, a quantidade de pessoas necessitadas no Brasil aumentou quase 500%!
 
Eu pergunto: durante este período, fomos vítimas de alguma catástrofe natural, epidemia, guerra civil ou algum outro evento apocalítico capaz de promover um verdadeiro genocídio entre os líderes de nossas famílias?
 
Como passamos de 3,6 milhões de famílias carentes para 15 milhões no intervalo de pouco mais de uma década?
 
Considere ainda que, de acordo com o IBGE, a família média brasileira é formada por 3,34 pessoas. Ter 15 milhões de famílias sob o PBF significa que 50,1 milhões de pessoas no Brasil – ou 1 em cada 4 brasileiros – é incapaz de produzir por meio de seu trabalho o suficiente para o seu sustento, necessitando socorro do governo para sobreviver.
 
Justificar um crescimento da inaptidão para o trabalho 40 vezes acima do crescimento de toda a população no intervalo de 13 anos simplesmente apelando para uma “demanda reprimida de necessitados” é falacioso: entre alguns tropeços em 2003 e outros em 2016, a linha econômica tendeu para o positivo. Se aplicássemos o princípio da Navalha de Occam, poderíamos assumir que, assim que o Progressismo tucano e lulopetista começou disponibilizar programas de assistência, a Cultura da Miséria fez festa neles – e continua fazendo.
 
Evidências internacionais mostram que 50% das famílias que entram em programas de auxílio financeiro governamental estão fora do programa após 1 ano; 70% após 2 anos, e quase 90% após 5 anos. Todavia, 45% das que saíram retornam ao programa após 1 ano, e 70% retornam ao longo dos 5 anos seguintes. Será que a realidade brasileira é muito diferente disto?
 
Pela evolução dos números do Banco Mundial, do IBGE e do Ministério de Desenvolvimento Social do Brasil, não parece ser. Para o raciocínio Progressista, entretanto, todo esse assistencialismo não apenas é justificável como deveria ser expandido. E, se possível, até mesmo drenando nossos recursos nacionais para outros países – de preferência, com mentalidade igualmente Progressista, como eles.
 
 
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Fonte: Esquerda – Sistemas, Regimes e Valores. (ManhoodBrasil Edições, 2019)
 

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