A FALÁCIA DO PATRIARCADO OPRESSOR MACHISTA

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Há décadas, o povo brasileiro vem sendo massacrado com teses, dissertações, relatórios, manchetes midiáticas e reportagens de grande apelo emocional denunciando uma hipotética discriminação mercado de trabalho contra as mulheres.

Este tipo de doutrinação tem um efeito danoso sobre a motivação para o trabalho, desestimulando tanto homens quanto mulheres.

Convenientemente, o que os profetas dessas agendas se esquecem de mencionar é que as mulheres são a maioria nos cursos universitários.

Um levantamento apresentado pelo IBGE em 2013 mostrou que, entre as 20 carreiras universitárias com maior número de recém-formados de 20 a 29 anos, as mulheres só não eram maioria em 5 delas (ciência da computação, engenharia civil, engenharias, economias e cursos gerais de saúde).

Em 2013, os percentuais de mulheres em cursos universitários eram os seguintes:
– Ciências da Educação: 91%
– Psicologia: 87%
– Enfermagem: 86%
– Fisioterapia: 85%
– Letras: 83%
– Biologia e bioquímica: 72%
– Odontologia: 69%
– Pedagogia: 66%
– Jornalismo: 64%
– Marketing e publicidade: 57%
– Administração: 57%
– Contabilidade: 56%
– Direito: 55%
– Medicina: 54%
– Economia: 47%
– Engenharia civil: 28%
– Ciência da computação: 22%

De uma maneira geral, 25% das graduandas brasileiras escolhe estudar educação, enquanto 19% dos graduandos homens escolhe engenharia, produção e construção – isso quando concluem o curso.

Em 2018, a V Pesquisa Nacional de Perfil dos Graduandos das IFES , envolvendo 63 universidades e 2 centros de educação tecnológica, mostrou que as mulheres respondiam por 54% das matrículas. Os homens, por apenas 46%.

Os homens não apenas ocupam menos da metade das matrículas nas universidades como também possuem uma chance 34% menor de terminar o curso, conforme verificado pelo relatório Education at Glanc, realizado pela OCDE em 2019.

Como resultado, na população com menos de 25 anos idade:
– 47% das mulheres têm o ensino fundamental incompleto.
– 50% dos homens têm o ensino fundamental incompleto.
– E 12% das mulheres têm uma graduação de nível superior e apenas 9% dos homens têm uma graduação de nível superior.

Entre 25-34 anos, 25% das mulheres têm curso superior e apenas 18% dos homens têm curso superior.

Não surpreende que a escolaridade média dos trabalhadores na PEA seja de 7,3 anos para as mulheres e 6,3 anos para os homens (Ipea, 2007). As mulheres representam 59% dos trabalhadores com nível superior. Elas realmente estudam mais.

Todavia, em 2016 as remunerações médias para profissionais de nível superior eram:
Mulheres = R$4.803
Homens = R$7.537

Se elas estudam mais, por que ganham até 37% a menos que os homens?

PRIMEIRO, porque elas estão menos presentes no mercado de trabalho: as mulheres respondem por 52% da população brasileira. Porém, entre os brasileiros em idade economicamente ativa, apenas 50% das mulheres participam do mercado de trabalho, contra 76% dos homens. No total, nossa População Economicamente ativa é constituída 56% por homens e 44% por mulheres.

Então, uma primeira explicação seria: mulheres ganham menos porque estão menos presentes no mercado.

SEGUNDO: aquelas que participam do mercado de trabalho são seletivas com relação ao tipo de trabalho e ao setor produtivo onde irão se inserir.

Os homens são a esmagadora maioria nos setores Primário e Secundário. Eles respondem por mais de 90% da mão de obra trabalhando na agricultura e na indústria.

Das mulheres que trabalham, 78% estão no Setor Terciário.

Dos homens que trabalham, apenas 53% estão no Setor Terciário.

Qualquer que seja o setor da economia, os homens simplesmente apresentam uma maior tendência para fazer o que quer que seja que renda dinheiro.

Eles estão em busca de autonomia, empreendedorismo e liberdade, e não conectam sua vida afetiva à realização profissional. Para a maioria deles, o trabalho serve para ganhar dinheiro, não pra ser feliz. Para um homem, a dedicação ao trabalho está fortemente associada à sua própria identidade masculina.

Para elas, a coisa é diferente.

Ao procurar trabalho, as mulheres valorizam mais aspectos como altruísmo, estabilidade e qualidade de vida. Elas não querem tanto ganhos materiais quanto desejam sentir relevância social e segurança na carreira que escolheram. Elas querem carreiras que não exijam tanta dedicação e que garantam um bom espaço para a vida familiar.

Essa seletividade pode ser percebida claramente quando verificamos o índice de empregabilidade segundo o grau de formação escolar:

Entre as pessoas com ensino superior, 89% dos homens encontram um vaga de trabalho, contra 82% das mulheres.

Entre as pessoas com ensino técnico, esta porcentagem é de 76% para os homens e 63% para as mulheres.

Entre as pessoas com ensino médio, a porcentagem é de 76% para os homens e 45% para as mulheres.

Assim como ocorre com relação aos cursos universitários, a seletividade feminina também pode ser percebida na escolha pelos setores de trabalho.

Segundo uma pesquisa mundial realizada pelo Linkedin em 2017, o percentual da força de trabalho que é ocupada por mulheres em alguns setores é o seguinte:

– Saúde e farmacêutico = 61%
– Administração pública = 59%
– Educação = 53%
– Tecnologia = 30%
– Indústria = 28%
– Arquitetura e engenharia = 27%
– Petróleo e energia = 25%
– Transporte = 25%

Ou seja: basicamente, enquanto os homens simplesmente aceitam trabalhar com qualquer coisa, as mulheres procuram por vagas de trabalho que não provoquem um rompimento radical com suas atividades no âmbito doméstico e familiar.

Por causa disso, muitas vezes elas terminam aceitando vagas que pagam menos, mas que permitem mais tempo livre para atividades fora do trabalho remunerado (as mulheres gastam em atividades domésticas e familiares até 2,5 vezes mais tempo que os homens).

É importante lembrar que isto é uma escolha pessoal e voluntária delas. Não se trata de uma exigência inegociável de pressões culturais ou normativas impostas por força da lei, mas de um instinto embutido na natureza genética, biológica, hormonal e psicológica da maioria das mulheres após centenas de milhares de anos de evolução de nossa espécie neste planeta.

O que nos leva ao próximo motivo pelo qual elas ganham menos que eles:

TERCEIRO: a descontinuidade do ciclo de vida da mulher no mercado de trabalho.

Devido às peculiaridades anatomo-fisiológicas do sistema reprodutivo sexuado do Homo sapiens, o útero está na mulher, não no homem.

Isso faz com que os períodos de gestação frequentemente resultem em afastamentos do mercado de trabalho mais prolongados para elas que para eles, reduzindo entre as mulheres a aquisição de conhecimentos técnicos e práticos importantes para melhor colocação e desempenho nos vários setores econômicos.

Faltam estudos específicos no Brasil analisando o diferencial de rendimento por gênero em cada um dos 3 setores econômicos. Mas considerando a descontinuidade das mulheres no mercado de trabalho, é honesto teorizar que sua menor experiência prática e menor carga horária resulte em menor produtividade – e, consequentemente, menor renda.

É evidente que nenhum dos 3 aspectos discutidos aqui é abordado sequer tangencialmente pelos profetas das agendas vitimistas e pelos teóricos do patriarcado branco opressor: afinal, o contato com dados brutos e fatos da realidade faz desmoronar cada uma de suas narrativas hiperemocionais.

Os sedutores discursos progressistas nunca se deram bem com Razão, Lógica ou Bom-senso. Mas isso não os isenta do ato de estarem errados. E menos ainda os isenta da responsabilidade de condenar milhares de homens e mulheres a uma competição separatista que jamais existiu.

Nunca fomos uns separadamente melhores que outros.

Somos, e sempre seremos, bem melhores juntos.

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