A CASCAVEL DENTRO DOS LIVROS DE HISTÓRIA

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Muitos professores de história gostam de dizer aos seus alunos que os livros que eles utilizam em suas aulas são “objetivos. Mas para e pergunte-se: é possível escrever um livro de história sem ter um ponto de vista em particular?

Bilhões e bilhões de eventos ocorrem no mundo a cada dia. Escrever um livro completo da história de um país cobrindo um período tão curto quanto apenas uma semana é uma tarefa absolutamente impossível!

Além disso, a capacidade do historiador em escrever um relato “objetivo” não é apenas limitada pelo imenso volume de acontecimentos, mas também pelo fato de que os acontecimentos mais importantes nunca estão registrados nos jornais ou nos relatórios oficiais: as decisões mais importantes são tomadas em reuniões de portas fechadas ou em encontros informais bem reservados, e nunca são publicadas em revistas, sites ou blogs.

Como consequência, a “história” que está nos livros representa a coletânea de um número minúsculo de fatos colhidos a partir de universo igualmente pequeno daquilo que sabemos.

Em um universo tão gigantesco de fatos, como os historiadores identificam e separam os eventos que são importantes daqueles que não são tanto?

Todo livro escrito tem o objetivo de provar o ponto de vista de seu autor. Nenhum livro é “objetivo” – e é por isso que nenhum tratado de história é “objetivo” também.

A informação no livro de história pode até ser verdadeira, mas ela jamais será apresentada a você de modo “objetivo”: ao escrevê-lo, o autor selecionou e alinhou cuidadosamente as evidências que corroboravam o que sua própria subjetividade desejava mostrar – e lembre-se que mais de 80% dos professores de história no Brasil são abertamente esquerdistas…

Conclusão: aborde os livros de história com a mesma cautela com que você abordaria uma cascavel irritada. Ambos podem ser igualmente venenosos.

Acorde, Neo.

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