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Segundo o Ministério de Desenvolvimento Social, as plataformas que se unificaram em janeiro de 2004 para formar o Programa Bolsa Família (PBF) beneficiaram 3,6 milhões de famílias no ano de 2003.
Em 2016, o PBF abarcava 15 milhões de famílias. No mesmo período, de acordo com o IBGE, a população brasileira aumentou de 183 milhões para 206 milhões.
Segundo o Banco Mundial, o PIB brasileiro era de 1,26 trilhões de reais em 2003, atingindo 1,75 trilhões em 2016.
Agora junte estes três dados: entre 2003 e 2016, enquanto a população aumentou 12% e o PIB aumentou 38%, a quantidade de pessoas necessitadas no Brasil aumentou quase 500%!
Considere ainda que, de acordo com o IBGE, a família média brasileira é formada por 3,34 pessoas. Ter 15 milhões de famílias sob o PBF significa que 50,1 milhões de pessoas no Brasil – ou 1 em cada 4 brasileiros – é incapaz de produzir por meio de seu trabalho o suficiente para o seu sustento, necessitando socorro do governo para sobreviver.
Como passamos de 3,6 milhões de famílias carentes para 15 milhões no intervalo de pouco mais de uma década? Como a “incapacidade para o trabalho e o auto-sustento” cresceu 40 vezes acima do crescimento da população brasileira em apenas 13 anos?
Pergunto: será que durante este período fomos vítimas de alguma catástrofe natural, epidemia, guerra civil ou algum outro evento apocalítico capaz de promover um verdadeiro genocídio entre os líderes de nossas famílias, amputando completamente a capacidade de um humano brasileiro adulto ser responsável por si próprio?
De acordo com dados do IBGE de 2020, os brasileiros que trabalham somam aproximadamente 94,2 milhões de pessoas – ou 45% da população (58% homens e 42% mulheres).
Isso significa que 55% dos brasileiros dependem daquilo que é produzido por outras pessoas.
De toda nossa força de pessoas disponíveis para o trabalho, 4,2% simplesmente desistiram de procurar trabalho – um total de 4,7 milhões de indivíduos capazes, ou uma Espanha inteira.
É assim que se drena o sangue e a potência de um país.
O crescimento desproporcional de “assistidos” em relação ao crescimento do PIB, nos últimos anos, não seria por falta de controles ou por interesses eleitorais do Governo Federal?