UMA LIÇÃO QUE AINDA NÃO APRENDEMOS

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Sempre que o Estado resolve pegar dinheiro de impostos ou criar dinheiro (seja por meio da impressão de papel moeda ou através da venda de títulos da dívida pública), e decide usar esse dinheiro para fazer ele mesmo os investimentos na economia, as coisas dão errado.

Entre 1965 e 1981, a taxa de investimento foi de 14,7% para 24,3% do PIB. Na sequência, tivemos a década perdida, que durou mais de dez anos e apresentou a hiperinflação.

Entre 2003 e 2011, a taxa de investimento foi de 15,3% para 19,3% do PIB. Na sequência, tivemos a maior retração do PIB de nossa história – que estamos lutando até agora para reverter.

Toda vez que o Estado realiza investimentos que seguem critérios de planejamento centralizado elaborados por “especialistas” hermeticamente fechados em seus gabinetes, ignorando as demandas genuínas do mercado e dos consumidores, o resultado é sempre o mesmo: destruição de capital e empobrecimento da nação.

O crescimento econômico ocorre em função de investimentos privados feitos voluntariamente por empreendedores, que se orientam pelo sistema de lucros e prejuízos e por aquilo que as pessoas querem de fato comprar e vender.

O melhor investimento que o Estado pode fazer (e deveria fazer) consiste em reduzir seu tamanho e suas burocracias, e disponibilizar linhas de crédito para que empreendedores individuais tenham fôlego para agir.

Quando o Estado acha que sabe mais que o Mercado, quem termina pagando o preço é sempre o povo.

Depois de décadas de regimes socialistas e mais de 600 estatais criadas e em operação, esta parece ser uma lição que boa parte dos brasileiros insiste em não aprender – ou mesmo enxergar.

 

 

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