UMA BREVE HISTÓRIA DO RAIAR DO CRISTIANISMO (PARTE 1): SAULO DE TARSO

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Segundo Florence Braunstein, a originalidade do Cristianismo é ser direcionado não somente a uns poucos escolhidos, mas ao povo como um todo: ele abre as portas do paraíso para todos aqueles que têm fé, sem distinção de classe social ou etnia, concentrando a fé em 2 pontos principais – o amor a Deus e o amor ao próximo. Foi com esta abordagem que o Cristianismo angariou multidões no final do século I, principalmente no leste do Império Romano.

Entretanto, diferentemente dos judeus, os cristãos se recusavam a cultuar o Imperador, e passaram a ser perseguidos por este motivo. Entre os responsáveis pelas primeiras perseguições estava um erudito fariseu, Saulo, nascido em Tarso.

Filho de pais judeus, mas cidadão romano, Saulo persegue os cristãos de maneira implacável na Síria. Quando está Damasco, Saulo tem uma epifania e “ouve o chamado do Senhor”, convertendo-se ao cristianismo. Assume a partir daí o nome de Paulo e torna-se o primeiro teólogo da nova religião.

Por volta do ano 50, Paulo passa a enviar cartas e epístolas para diversas comunidades. Em 57, chega em Jerusalém para pregar aos cristãos que lá moravam, mas seus discursos contra a circuncisão, as restrições alimentares e os requerimentos da Torá provocam a ira dos judeus. Paulo só escapa de ser morto porque vai preso. Depois de 2 anos na cadeia, é transferido para Roma para ser julgado, mas o tribunal leva uns 5 anos até se decidir sobre o caso.

No ano 67, Paulo de Tarso recebe o veredito e é executado por decapitação.

Apesar da perseguição continuar e da perda de seu primeiro grande líder filosófico, o cristianismo prospera. Figuras representando Cristo surgem no cemitério de Pretextato, e imagens representando Maria são desenhadas nas catacumbas de Priscila.

Contra tudo e contra todos, a fé cristã marchou adiante.

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