DE UMA BOA CONVERSA NO FACE

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Perfil no Twitter @AlessandroLoio2 

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Um facebookeano me escreve: “E se uma pessoa está levando uma vida com harmonia familiar, profissional e social e a neuroquímica cerebral se desequilibra, as produções de serotonina e oxitocina apresentam problemas e essa pessoa fica, de uma hora para outra, estagnada, triste e chega a pensar em suicídio? Tenho exemplos de casos assim, indo de faxineiro a empresário com 5000 funcionários”.*

Vamos lá: ideações de autoextermínio são como surtos psicóticos-esquizofrênicos ou crises de delirium tremens e devem ser tratadas de acordo. Todavia, isso não elimina o papel placebo questionável dos antidepressivos mais populares, tampouco valida a teoria da “neuroquímica cerebral”. Até aqui, o conceito de “neuroquímica cerebral” baseia-se em um mito, não em evidências.

Antes de pensar em “neuroquímica”, que tal pensar em Tireoide, Diabetes, Obesidade, Sedentarismo, Anemia e déficit de Testosterona?

Na sequência, descartados estes e resolvida a ideia tola de suicídio, recomendaria para o faxineiro e o empresário que começassem a ler. Ler muito. Ler todo dia. Ler no banheiro, no ônibus, na praia, na sala, ler o tempo todo.

Diria para eles que, se alimentarem seus cérebros com ideias ruins, ele produzirá ações ruins. Alimente seu cérebro com fraquezas, condescendências e vitimização e o resultado será exatamente o mesmo.

Diria também para cada um: abandone a TV, selecione suas conversas, filtre suas companhias, reveja seus relacionamentos, sofistique incansavelmente seu raciocínio, sua Lógica e seus Propósitos. E então leia mais.

Ou aposte na desculpa de que está passando por um período de depressão e afogue-se em autopiedade. Entre uma e outra escolha reside a diferença entre ser uma criança e um Homem.

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