“Nosso PIB considera em seus cálculos a poluição do ar, a publicidade do fumo e as ambulâncias que rodam para coletar os feridos em nossas rodovias. Ele registra os custos dos sistemas de segurança que instalamos para proteger nossos lares e as prisões em que trancafiamos os que conseguem burlá-los.
Ele leva em conta a destruição de nossas florestas e sua substituição por uma urbanização descontrolada e caótica. Ele inclui a produção de armas e dos veículos usados pela polícia para reprimir a desordem urbana. E ele registra programas de televisão que glorificam a violência para vender brinquedos a crianças.
Por outro lado, o PIB não observa a saúde de nossos filhos, a qualidade de nossa educação ou a alegria de nossos jogos. Não mede a beleza de nossa poesia e a solidez de nossos matrimônios. Não se preocupa em avaliar a qualidade de nossos debates políticos e a integridade de nossos representantes. Não considera nossa coragem, sabedoria e cultura. Nada diz sobre nossa compaixão e dedicação a nosso país.
Em resumo, o PIB mede tudo, menos o que faz a vida valer a pena”.
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*Robert Kennedy, Senador por Nova Iorque, pré-candidato à presidência dos EUA pelo Partido Democrata, assassinado aos 42 anos de idade em 05 de junho de 1968, poucas semanas após publicar sua intenção de restaurar a importância das coisas que fazem a vida valer a pena.