A MORALIDADE DOS BEBÊS

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Será que os bebês possuem alguma noção de Moralidade?

Não existem muitas dúvidas quanto ao fato de nascermos preparados para a Compaixão: os bebês, assim que podem, tentam ajudar de alguma forma aqueles que percebem estar em sofrimento.

No livro Just Babies: The Origins of Good and Evil, o psicólogo canadense-americano Paul Bloom relata os resultados de pesquisas realizadas na Universidade de Yale que mostraram que, além da compaixão, os bebês também possuem uma capacidade de julgar moralmente as ações de outras pessoas. Em um dos experimentos, utilizando brincadeiras com fantoches, os cientistas verificaram que as crianças escolhiam quem elas iriam ajuda e quem elas reprovariam – e elas mostraram uma clara preferência por ajudar os personagens “bonzinhos” e punir os “malvados”.

Então a resposta para a pergunta seria “sim”. Um pouco de ética, moralidade e senso de justiça nasce junto com nossos ossos – e esta é uma boa notícia. Mas nossa natureza também oculta um lado mais sombrio…

As evidências mostram que até os bebês mais novos abordam o mundo com uma filosofia de nós versus eles – e agem ostensivamente para privilegiar o nós. Bebês, como os adultos que eles se tornarão mais tarde, são seres bem tribais, e seus genes não expressam pura gentileza: a hereditariedade oferece uma carga imensa de potencial para crueldade.

Favorecemos aqueles que se parecem conosco e somos naturalmente frios e desconfiados com estranhos, e apenas utilizando conscientemente a Razão, a Inteligência e a Vontade seremos capazes de promover algum equilíbrio à nossa programação humana egocêntrica.

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