Em nossa sociedade viciada em felicidade, as pessoas dedicam uma idolatria profunda ao mito da paixão. Sem amor, sem estar absolutamente apaixonado em um relacionamento, você não está completo – é o que prega o mantra destes novos tempos deficitários de resiliência emocional.
Muitos poetas e escritores tentaram descrever o amor, mas os pesquisadores – sempre eles… – vieram com uma explicação mais palpável: segundo a neurociência afetiva e cognitivo-social, o estado romântico etéreo que você tanto persegue é nada mais que uma condição determinada pelos níveis de Ocitocina, um hormônio comum em todos nós.
Frequentemente chamada de “a droga do amor”, a Ocitocina desempenha um papel central na criação de vínculos emocionais, instinto materno, amizades duradouras, casamentos e orgasmos.
Apesar da produção deste hormônio ser estimulada pela atividade sexual, a liberação de Ocitocina patrocinada pelo orgasmo cria uma noção apenas transitória de confiança. Na natureza, a maioria dos animais vive como solteiros / solteiras, uma existência que eventualmente é pontuada com oportunidades de sexo – e formação de laços de confiança.
E somos todos animais. Animais humanos. E nossos corpos não poderiam funcionar de modo muito diferente dos demais: em nossa espécie, após o intercurso sexual, os picos de Ocitocina podem levar você a decretar: “Ela é a mulher da minha vida!”.
Apesar deste sentimento inicial ser poderoso, ele não é necessariamente verdadeiro. A percepção que você teve naquele exato momento é somente uma ilusão criada sobre aquela pessoa, que pode ou não corresponder à realidade.
5 PASSOS PARA DETECTAR A ILUSÃO DA OCITOCINA
Se você quer realmente verificar se está construindo um laço que não é apenas hormonal, mas uma sintonia profunda e duradoura, daquelas que enchem o peito de orgulho, vá além da cama. Vá além do sexo. Investigue os itens abaixo e responda: com que intensidade eles ocorrem em seu relacionamento – e qual a exuberância do deleite que você verifica ao experimentar cada um deles?
- Invista no convívio. Você conhece sua parceira para além dos encontros casuais? Se negativo, passem mais tempo juntos. Dividam uma xícara de café. Várias xícaras. Não tenha medo de abrir-se – isso não é uma fragilidade. Com uma frequência surpreendente, é justamente a percepção de vulnerabilidade que costuma desobstruir os melhores canais de comunicação entre duas pessoas que compartilham um vínculo afetuoso.
- Vocês riem? Quem não quer compartilhar os dias com alguém divertido? A probabilidade de sucesso de um relacionamento pode ser prevista pela frequência e pela intensidade com que ambos riem e sorriem juntos.
- Pratique escutar. Quando ela fala com você, você para e escuta? Olha-a nos olhos e a ouve de verdade, ao invés de ficar pensando em como encaixar sua própria resposta no diálogo o mais rápido possível?
- Você escolhe o perdão? Vamos dizer que você ficou irritado por alguma coisa com ela. Agora, ao invés de latir impropérios ou dar um gelo silencioso, que tal mudar o modo como você expressa seu desapontamento? Talvez você possa dizer com honestidade algo como: “Eu acho você incrível e estou muito feliz por estarmos juntos, mas fico chateado quando você faz – ou deixa de fazer – tal coisa.
- Com que regularidade você expressa sua gratidão? Procure sempre uma maneira de expressar seu agradecimento por toda positividade que receber. E por toda negatividade também. Sorria mais para sua alma gêmea, mesmo quando estiver tenso e nervoso. Seja magnânimo nas desavenças, principalmente quando estiver certo – este é o caminho para desenvolver o tipo de afeto que se transforma em um amor para a vida toda.
Quer saber mais sobre o assunto? leia “AMOR, AMIZADE, SEXO & FELICIDADE”.
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