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O brasileiro tem uma relação emocional um tanto peculiar com o dinheiro: ele finge sentir repugnância enquanto o deseja. O brasileiro gosta de dinheiro, mas se sente na obrigação de parecer que o odeia.

Talvez isso tenha raízes culturais religiosas, talvez isso seja uma reação psicológica, algum tipo de mecanismo de defesa do ego, vai saber.

O fato é que o brasileiro médio tem uma dificuldade imensa em se relacionar com o assunto dinheiro – e isso é um fato. Se você duvida disso, tente recordar quantas vezes você ouviu alguém dizendo “ain, dinheiro não traz felicidade”.

Tudo bem, dinheiro não é tudo na vida, mas é uma infantilidade sem tamanho negar que o dinheiro, no padrão civilizacional que construímos e no qual estamos inseridos até as narinas, é um dispositivo extremamente útil.

O uso impróprio que a corrupção e a criminalidade fazem do dinheiro não é culpa do dinheiro em si. O dinheiro é uma ferramenta. E, como uma ferramenta, pode ser usado de várias formas diferentes.

Por meio do dinheiro, você pode melhorar a seguridade de sua família, acessar recursos de aprendizado e saúde, contribuir de modo efetivo para as causas que acredita, expandir sua cultura geral, gerar empregos, morar melhor, comer melhor, executar de seus propósitos e realizar seus sonhos. Mas isso dependerá de sua MENTALIDADE.

Você pode não precisar de dinheiro para ser feliz, mas não pode negar que o dinheiro é útil para evitar, diminuir ou resolver muitas das causas de infelicidade tais como falta de uma percepção de sentido para a vida, tédio, fadiga, inveja, culpa, vergonha, busca por validação externa e preocupações com o futuro.

Principalmente, aprender a poupar dinheiro é uma maneira inteligente de ser poupado pela falta dele no futuro.

Recomendo que você reveja sua relação com essa ferramenta. E se você a considera realmente desnecessária, então pare de reclamar quando ela estiver em falta na sua vida. A escolha é sua.

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