Por volta dos Séculos XVIII e XIX, na Europa, os ideais de Masculinidade (e a partir daqui, por didatismo, vamos incluir sob o termo Masculinidade todas manifestações da Virilidade também, ok?) se tornaram ainda mais confusos e quase impossíveis de serem alcançados.
Em “History of Virility”, o historiador francês Alain Corbin elaborou uma coletânea das características que se esperava do homem másculo-viril no começo da Idade Moderna:
“(Ele) Não hesita em lançar-se no dia da batalha; coloca sua própria vida em risco para salvar seus camaradas; tem tudo o que se espera de um herói; não demonstra ambição; se mostra indiferente ao prestígio e às homenagens; não busca a superioridade; não tem dificuldade em manter suas emoções sob controle; demonstra confiança no modo de falar e escrever; não se esquiva dos interesses de uma mulher; e ele faz sexo com ardor”.
Franz Kafka ficaria com inveja! Como colocar-se à altura de uma profusão de paradoxos como essa? Me diga: como você se lança à batalha para salvar a vida de seu amigo sem buscar superioridade sobre o inimigo? Como você faz sexo com ardor mantendo suas emoções sob controle? E pensar que qualquer passo fora dessa lista classificaria você como Não-Viril ou Não-Másculo… ferrou.
O culto à Masculinidade, retirado de sua nobreza original e deturpado para obedecer a vontade de lideranças egocêntricas delirantes, foi em grande parte responsável por quase todos os conflitos desastrosos do Século XX. A Masculinidade terminou associada a genocídios, diásporas, assassinatos, guerras, mortes em combate, perdas, sofrimento, e então reduzida à percepção da vulnerabilidade masculina e a uma cultura de paternalismos e condescendências a essa vulnerabilidade.
Simultaneamente, o estilo de vida mais urbano e sobretudo o empoderamento feminino terminaram de fazer o serviço e enterrar em uma cova funda o apreço pelo Másculo e pelo Viril. Sobre o túmulo da Masculinidade, como que para impedir que ela se manifestasse neste ou em outro mundo, colocaram uma lápide onde se lê um nome terrível: Machismo.
Ainda assim, surpreendentemente, a Masculinidade resiste no centro da cultura masculina. Basta folhear uma revista ou site voltado para homens e você verá que a identidade masculina continua sendo é uma negociação entre disciplina e vigor. Ainda existe um respeito especial por homens que dominam outros dominando-se a si mesmos.
Venerada bem discretamente e à sombra do rótulo perverso do Machismo, a Masculinidade atual procura apresentar-se com um tom mais gentil e uma intensidade mais amena. Ela promete produzir menos problemas, ser mais democrática e nada misógina.
O Homem moderno levanta pesos na academia ao lado de mulheres que fazem o mesmo; aceita pilotar uma vespa ou uma biz de 50 cilindradas e idolatra a disciplina dos chefs de cozinha. Os homens estão tentando recuperar o espaço perdido expressando sua Masculinidade de formas mais inofensivas.
Apesar dessas tentativas tímidas, a Masculinidade está se tornando algo que os meninos imitam dos filmes. Como observado por Camila Paglia, “não sobrou nada, não existem mais espaços para a virilidade e os jovens não tem mais em quem se espelhar no mundo real”.
Alardear Masculinidade ou mostrar-se Viril tornaram-se atitudes veementemente reprimidas. Em um mundo fatiado entre Feministas, Homossexuais, Bissexuais, Transexuais e Metrossexuais, dizer-se um Homem Heterossexual orgulhoso de sua Masculinidade é pior que tatuar o número 666 na testa, colocar-se vestido de capeta na frente do Papa em plena missa de Ano Novo e vomitar um líquido verde sobre Sua Santidade bem na frente das câmeras.
Em pleno Século XXI, nós, os machos de nossa espécie, temos que vencer essa estranha nuvem de vigilância que nos ameaça com desconfiança e vergonha por termos nascido Homens. Mas, se o mundo necessita diversidade e tem espaço para todos, ele certamente precisará de Homens. Homens Masculinos. Homens como você.
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